Malária permanece em queda na área de influência da
Usina Hidrelétrica Jirau.
Número de casos da doença é menor do que o identificado no período anterior à instalação do empreendimento em 2009
Anualmente, os índices de malária costumam aumentar entre os meses de maio e setembro, coincidindo com o período de diminuição das chuvas e a estabilização dos criadouros dos mosquitos vetores. Entretanto, nas áreas de influência direta e indireta da Usina Hidrelétrica Jirau (UHE Jirau), os números da doença continuam abaixo dos registrados antes da instalação do empreendimento.
De acordo com o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), Antonio Luiz Abreu Jorge, esta redução no índice da malária vem ocorrendo ano a ano, a partir do início da aplicação do Plano de Ação para o Controle da Malária (PACM), financiado pela ESBR e executado pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho (Semusa) desde 2009.
Os registros do tipo Falciparum da doença, considerada a mais agressiva ao homem, teve uma redução de 30% no primeiro semestre de 2012, comparando os dados com o mesmo período de 2011. Isso, em todo o município de Porto Velho, tanto na área urbana quanto rural.
Ao se fazer a análise por região de atuação do PACM da UHE Jirau, na terceira região, que compreende o distrito Jaci Paraná e a localidade de Nova Mutum Paraná, a redução foi de 69,1% no primeiro semestre de 2012, em relação ao mesmo período de 2011.
Na quarta região (Ponta do Abunã) a redução foi de 50%; na sexta região (área de influência direta da UHE Jirau) a queda foi de 71,6% e a sétima região (distrito União Bandeirantes) a baixa foi ainda maior, alcançando 82,6%.
Outros dados - analisando os registros da doença de uma forma geral, no 1º semestre de 2009 a redução da malária foi de 4,9%. Já no primeiro semestre de 2011 a redução foi de 36,2%. Ao dividir o índice por regiões nas quais as ações são executadas, o índice da doença também caiu. Na terceira região a redução foi de 46,3% no primeiro semestre de 2011. Na quarta região, a redução no primeiro semestre de 2011 foi de 39,9%. A sexta região teve uma queda no primeiro semestre de 2011 de 37% e em 2012, de 43,9%. Este é o eixo de principal influência da UHE Jirau, onde foram instalados 7.200 Mosquiteiros Impregnados de Longa Duração (MILDs). Na sétima região, a baixa foi de -52,3% no primeiro semestre de 2011 e 33,1% no primeiro semestre de 2012. As famílias dessa região também foram contempladas com os MILDs.
Para o diretor Antonio Luiz, com estes dados e informações oficiais do Sistema de Vigilância Epidemiológica para a Malária/Sivep-Malária, do Ministério da Saúde, é possível ter segurança dos benefícios e do acerto na decisão e estratégia adotada na implantação do PACM.
Fonte: Rondônia ao vivo.